O Brasil teve uma leve recuperação, mas nem de longe conseguiu reverter o tombo do ano passado e aparece em 72º lugar em 139 países avaliados pelo Fórum Econômico Mundial quanto à competitividade em tecnologia da informação. Em 2015, quando caiu 18 posições nesse ranking global, o país foi o 75º Em 2012, o Brasil era o 42º.
“Dos grandes mercados emergentes, a Rússia permanece inalterada, na 41a posição. A China vem em seguida, subindo três posições, para o 59o lugar. A África do Sul melhorou consideravelmente, subindo 10 posições até a 65ª, enquanto o Brasil se recuperou parcialmente de uma tendência de queda anterior, figurando em 72o neste ano, e a Índia caiu duas posições, para 91ª”, resume o relatório divulgado nesta quarta, 6/7.
Ao analisar o Brasil especificamente, o documento diz que “a adoção e uso de TICs tanto por indivíduos como a comunidade empresarial é boa e suportada por ser acessível – em particular, conexões fixas de banda larga baratas (14o lugar). O Brasil deu passos largos na melhoria do uso individual, subindo cinco posições, para 57 – o que é um avanço considerável uma vez que outros países também estão se movendo rapidamente na adoção individual”.
“No entanto, a preparação no país continua a ficar para trás devido o fraco ambiente regulatório. O ambiente de inovação e negócios é um dos mais fracos (124o), com disponibilidade de venture capital e de provisionamento de TI no governo caindo mais. O suporte governamental da agenda de TICs é percebido como fraco e a comunidade empresarial vê falhas na estratégia geral do governo (121o), assim como na promoção direta das TICs (122o).”
O Fórum Econômico Mundial define competitividade como o conjunto de instituições, políticas e fatores que determinam o nível de produtividade de um país. O relatório analisa 49 variáveis em 10 pilares, nos quais o Brasil apresenta desempenhos distintos. Vai razoavelmente bem no nível de cobertura celular (35), pirataria de software (38), competição (41) e infraestrutura (55), mas pena em eficiência judicial (123) ambiente inovador (124), tributação (133) e burocracia (135).
O relatório também aponta fatores estruturais preocupantes. Em especial, a qualidade do sistema educacional, no qual o Brasil aparece em 131 dentre 139 nações, e particularmente na qualidade do ensino de ciências e matemática, item em que aparece em 133o lugar – superando apenas Guatemala, Nicarágua, Peru, República Dominicana, Paraguai e África do Sul.
O relatório completo pode ser conferido aqui.
Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=42893&sid=5